A Saúde Emocional da Família

É mais difícil educar filhos hoje do que era antigamente?

Este questionamento tem sido ouvido constantemente, pois em função da necessidade de trabalho e crescimento profissional dos pais, dos apelos consumistas da televisão, das informações variadas recebidas através dos meios de comunicação, as famílias sentem-se muitas vezes confusas, temerosas de estar exercendo adequadamente seu papel da educação dos filhos.

A jornalista da Revista Corpore, Fabíola Zanellato, entrevistou os profissionais da Clínica SELF, para discutir o tema, ouvindo especialistas das áreas de Psicologia, Psicopedagogia, Musicoterapia e Fonoaudiologia, que relatam aqui suas experiências, concordando com a afirmação acima.

Por que a educação dos filhos atualmente é mais complexa?

Hoje o dia-a-dia das famílias é mais intenso, pois a busca por realização pessoal, profissional e social exige de todos um maior comprometimento. Este fator, associado a outros, como o nível de informações que uma criança ou adolescente recebe através da TV, Internet e outros meios de comunicação, acelera o ritmo de desenvolvimento, fazendo com que questionamentos e preocupações antigamente inexistentes para determinada faixa etária, sejam foco de ansiedade e, até, de conflitos. A vida “moderna” gera também uma maior necessidade de atenção, equilíbrio e habilidades emocionais em todos os membros da família.

Como melhorar o relacionamento entre familiares, e o entendimento entre pais e filhos?

Acreditamos que no primeiro momento, seja adequado que a família, antes de procurar um profissional, busque trabalhar seus conflitos pessoais, tal atitude leva a união e ao reforço dos vínculos. Porém quando a família percebe que não foi possível encontrar a solução, é chegado o momento de buscar a ajuda profissional.

Cabe ao profissional, escutar a família, buscando compreender a dinâmica da casa, mapeando as relações de forma global.

O papel é perceber onde está desconfortável e fazer ajustes necessários para que fique confortável. Trabalhando  com as diferenças e buscando  regras que atendam a necessidade de todos.

Com o tempo, estas regras sofreram novos ajustes, a medida que novas situações ocorram, afinal nos unimos por nossas semelhanças, mas crescemos através de nossas diferenças.

Assim, ao final do trabalho a família deve estar madura o suficiente para administrar seus conflitos, pois é natural que eles ocorram.

E, quando se percebe que algo não está bem. O que fazer?

A percepção de que algo não está bem é sem dúvida, o primeiro e grande passo. A comunicação interna da família, as trocas, os diálogos são, em algumas situações, suficientes para resolver conflitos. Quando não são eficazes, é necessária a busca de profissionais qualificados para auxiliar, seja através de avaliação, orientação ou encaminhamento terapêutico. O profissional de Psicologia, poderá interferir nas questões sociais, emocionais, sexuais, enfim, buscando junto ao cliente, o tratamento mais adequado. Quando as questões estão relacionadas à aprendizagem, o Psicopedagogo poderá auxiliar tanto na organização de hábitos de estudo, como na busca dos melhores recursos para que a aprendizagem ocorra. As dificuldades relacionadas à comunicação, de forma ampla, estarão sob os cuidados do Fonoaudiólogo. E, ainda, temos o recurso da Musicoterapia, que é um método divertido de tratamento, contribuindo para o desenvolvimento neurológico, afetivo, motor e linguístico.

 

 

 

Equipe Clinica SELF

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