Ser criança

Dizem por aí que ser criança é muito bom, que é a melhor fase da vida: isenta de compromissos, responsabilidades, sem contas a pagar, sem chefe para cobrar. É um momento da vida onde só existem prazeres, sem exigências e preocupações.

 

Mas será que é assim? Ou, será que é SEMPRE assim? Será que é fácil para o bebê se comunicar com os pais? Quando ele chora, querendo mostrar que está com fome, é isso que eles entendem? Ou, às vezes, a mamãe corre para trocar a fralda acreditando que ele está incomodado ou o papai acha que é cólica e a vovó pensa que é só manha. Não parece tão fácil ser bebê…

E na hora do desfralde? Tão simples é usar o banheiro, controlar os esfíncteres, nunca mais fazer xixi na fralda. De repente, os adultos “acham” que está na hora de tirar a fralda, e a criança deve pensar: “E ainda querem que eu dê tchau para o meu cocozinho?”.

Não, pensando bem, acho que não é tão simples assim. Então, por que as crianças são, via-de-regra, tão felizes? Talvez por serem protegidas? Ou por serem apoiadas? Ou será que é por serem amadas? A felicidade da infância deve ser pelo amor que as crianças recebem. Por aquele amor “incondicional” que os pais têm por seus filhos. É esse amor que torna as aprendizagens possíveis, que desenvolve a autoestima e a autoconfiança. É esse amor que torna mais fácil crescer e enfrentar o mundo, acreditando que ser adulto pode ser bom. E é assim, com amor incondicional dos pais, que a criança é esse ser humano que, com um simples sorriso, torna o dia de nós, adultos, bem melhor.

Ser criança pode ser muito bom. E manter um pouquinho da infância na vida dos adultos poderia certamente tornar o mundo um lugar muito melhor.

 

PSIC. MARIA HELENA JANSEN DE MELLO KEINERT-CRP 08/01252

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